Fachada oitocentista das mais sofisticadas entre as matrizes do Rio de Janeiro. Consiste numa reconstrução da igreja de São João Batista ereta nos tempos coloniais como pequena capela, em 1732. Em junho de 1831 foi lançada a Pedra Fundamental do novo templo, pelas mãos do próprio Bispo do Rio de Janeiro, D. José Caetano. Com a morte do Bispo, coube ao Major Beaupaire Rohan o projeto da Matriz, sendo a Capela-mor consagrada em 1836 e no ano seguinte, a do Santíssimo Sacramento, concluída em 1841. Seu pórtico apresenta o primeiro pavimento todo feito em cantaria, mais robusto e feito com a ordem arquitetônica dórica, nos capiteis das pilastras, postas em ressalto duplo à frente do primeiro plano, conformando movimentação. Há uma portada principal, duas secundárias e ainda duas portas na altura das torres, tocas arquitravadas, com chanfro nos vértices e sobrevergas. Uma grande cornija separa o segundo tramo, este elaborado na ordem jônica, com grande vitral central na altura do coro (representando a cena do Batismo do Cristo), dois nichos laterais (atualmente desocupados) e duas janelas nas torres. O frontão tem duas empenas retas, tímpano liso e acrotério. As torres tem campanários simples - abertos das quatro faces e zimbório com grimpa. Há um relógio posto em 1999 na face frontal da torre direita.