Fachada com cruz grega no topo e divisão em quatro tramos com vitrais seguindo esta ordenação volumétrica. Torre externa com acrotério. Formato cônico externo com planta circular no térreo e altar na parte central. Torre sineira externa. Consagrada a São Sebastião, padroeiro da cidade, a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro possui um arrojado estilo moderno, inspirado nas pirâmides maias segundo alguns relatos. Possui 106 metros de diâmetro, 75 metros de altura externa, 64 metros de altura interna e capacidade para 20.000 pessoas em pé ou 5.000 pessoas sentadas, apresentando seu interior quatro vitrais coloridos que vão do assoalho até a cúpula. O projeto é do arquiteto Edgar de Oliveira da Fonseca, e a execução da obra foi coordenada pelo monsenhor Ivo Antônio Calliari. Como representação do Universo, o interior da igreja apresenta forma circular ao se transpor a porta principal, sendo o altar em seu centro encimado por uma cruz de grandes proporções, que nos transporta ao mundo do sagrado em profundo contraste com os arredores em seu exterior. A cruz acima do altar-mor, símbolo máximo da Igreja Católica e de autoria do escultor paulista Humberto Cozzo, parece flutuar ao ser sustentada por cabos de aço, com a Virgem Maria de um lado e São João Evangelista do outro. Os vitrais coloridos projetam cores diferentes ao longo do dia, o que contribui ainda mais para criar uma atmosfera sagrada. São vitrais cimentados produzidos pelo artista plástico e vitralista Lorenz Heilmair, que estão posicionados de acordo com os quatro pontos cardeais. Simbolicamente, são como que extensões da cruz, através dos quais a bênção de Deus desce para vir de encontro aos homens. Os vitrais reafirmam a finalidade da Catedral, representando as Quatro Características da Igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica. O vitral na cor verde representa os elementos de unidade da igreja: o pastor e suas ovelhas, a Bíblia e a tiara papal, representando um governo, e o cálice representando um culto. O vitral na cor vermelha reafirma que a Igreja é santificada e santificante: ilustra um grupo de santos, a coroa de espinhos e as línguas de fogo do Espírito Santo. O vitral na cor azul faz referência à missão da Igreja de salvar os homens: traz imagens de pessoas de todas as raças, os símbolos dos quatro evangelistas (Mateus, Lucas, Marcos e João) e o Globus mundi. O vitral na cor amarela refere-se à missão apostólica da Igreja, quando Jesus envia seus discípulos para dar os testemunhos que baseiam a doutrina católica, enquanto a comunidade eclesial deve transmiti-los às próximas gerações: nele temos imagens do Bispo, do Papa e de São Pedro, bem como os símbolos da Paixão (lança, cravos, esponja, cruz e mortalha). A Catedral foi dedicada ao padroeiro da Arquidiocese, São Sebastião, e tem como padroeira secundária Sant’Ana, cujas estátuas, também de autoria do escultor Cozzo, estão no fundo do Presbitério: a do Santo à direita da Cátedra Episcopal e a da Santa no lado oposto. A Pia Batismal, feita em granito e tampa de metal em forma circular com motivos simbólicos do Sacramento do Batismo, é de autoria do escultor Cozzo e está ao lado esquerdo do Presbitério, bem como o carro-andor, confeccionado para conduzir a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Aparecida, por ocasião do Congresso Arquidiocesano Mariano em 1922. A imagem original do padroeiro, trazida por Estácio de Sá quando fundou a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro em primeiro de março de 1565, se encontra sob a guarda dos Padres Capuchinhos; a Catedral hospeda a Imagem Peregrina de São Sebastião, cópia feita em resina pelo artista plástico Weissmar Robertson da original, sendo simbolicamente entregue ao Arcebispo pelo Capuchinho Frei Willian, diante de milhares de fiéis, após a Procissão e o Auto do Glorioso Mártir, a vinte de janeiro de 2010, culminando o Primeiro Novenário Arquidiocesano em honra do Padroeiro. Na ocasião, Dom Orani abençoou o povo com a imagem peregrina e conduziu-a em procissão ao interior da Catedral onde presidiu solene celebração Eucarística após a entronização oficial. Referências: A Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. Free Walker Tours. https://freewalkertours.com/pt-br/catedral-metropolitana-rio-janeiro/ Acesso em 25 maio 2022. LUCENA, Felipe. História da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, Diário do Rio, 2015. Disponível em https://diariodorio.com/histria-da-catedral-metropolitana-do-rio-de-janeiro/ Acesso em 25 maio 2022. Site Oficial da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. Disponível em https://catedral.com.br/ Acesso em 25 maio 2022. SEGRE, R., SANTOS, J. H. dos, & SOUZA, E. M. de. (2016). Um paradoxo patrimonial: a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. Risco Revista De Pesquisa Em Arquitetura E Urbanismo (Online), 14(2), 67-81. https://doi.org/10.11606/issn.1984-4506.v14i2p67-81