A devoção a Mãe dos Homens no Rio de Janeiro era realizada diante de um oratório de pedra, já no século XVII, nas proximidades da Rua da Quitanda e Alfândega. A Irmandade da mesma devoção só se constitui no século XVIII. Erguida a capela, pela provisão de 1752, as obras prosseguiram lentamente, e em 1790 foi concluído o retábulo do altar-mor, obra de Inácio Ferreira Pinto, como também as talhas das tribunas (nave e presbitério), do arco-cruzeiro e do coro. Somente no século seguinte, entre 1854 e 1856, foram "reedificadas" as talhas dos dois altares da nave, por Antônio de Pádua e Castro, e, nessa época, refeito o trono do altar-mor. As pinturas das ilhargas da capela são do final do oitocentos. A igreja tem plano octogonal na área correspondente à nave, coberta por abóbada. A capela-mor tem forma retangular. Das duas torres da fachada, somente a do lado direito acha-se concluída e seu coroamento foi realizado por volta de 1803. Em estilo pombalino, sua fachada consiste numa portada única central e duas laterais (em arco abatido e quina superior chanfrada), cuja sobreverga ao centro é terminada em frontão arrancado para ensejar a janela do coro e com a inscrição "IRMANDADE DE N.S. MÃE DOS HOMENS" no entablamento central. Os capiteis das pilastras desta peça são na verdade duas mísulas, que ensejam os ressaltos das cornijas. A mesma disposição de ressaltos ocorre nas cornijas do entablamento do pórtico e frontão com acrotério, que é triangular e ornado com o monograma mariano coroado e cercado de palmas no tímpano. No friso do entablamento, há ainda a inscrição "STELLA MATVTª" (estrela da manhã). A torre direita é terminada até o bulbo e grimpa, possuindo relógio encimado por campanário simples, aberto também na face lateral e posterior.