Possui duas torres, mas apenas a da esquerda foi concluída com campanário simples em arco pleno e terminação bulbosa. Sua portada principal, também com fenestra única, tem arco pleno e cantaria que preenche as laterais e conforma uma sobreverga em arquitrave. Possui três janelas na altura do coo e frontão triangular, com óculo no tímpano. O culto ao Senhor do Bonfim teve origem em Setúbal, Portugal, quando uma imagem de Cristo crucificado de braços abertos foi encontrada flutuando nas águas do Rio Sado, em meados de 1670. Este foi um advento sagrado, com a alusão a Cristo em ascensão aos céus, cuja imagem era merecedora de um ‘bom fim’. A devoção à Nossa Senhora do Paraíso chegou ao Brasil em 1740, trazida pelo Capitão-de-Marinha português Teodósio Rodrigues de Faria, da Província de Salvador, na Bahia. A origem da igreja do Senhor do Bonfim e Nossa Senhora do Paraíso no Rio de Janeiro se prende a uma pequena capela construída no século XIX, na antiga praia de São Cristóvão. A igreja fundada em 1851, por Luiz Baptista Corrêa, baiano e devoto do Senhor do Bonfim que trouxe o culto para o Rio de Janeiro. Em 10 de novembro de 1856, após desembarcar na Corte, a imagem do Senhor do Bonfim, vinda da Bahia, foi levada em procissão até a pequena capela. Esta imagem é semelhante à existente na igreja homônima, em Salvador. O monumento foi tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade – IRPH em 2007, pelo então Prefeito Cesar Maia (Decreto nº 27.650 de 06/03/07 – D.O. Rio 07/03/07).